Sem nenhuma expectativa iniciei a leitura deste HQ roteirizado por A. Z. Cordenonsi e belissimamente ilustrado por Fred Rubim. O que eu achei? Vem conferir!
Em uma Paris alternativa de meados do século XIX, em plena revolução industrial e com ares de um universo steampunk, nos lançamos em aventuras ao lado de Chevalier, um espião e principal agente do Bureau Central de Inteligência e Operações, cuja missão é proteger o Império Francês contra conspirações inimigas. A narrativa é dividida em duas histórias recheadas de ação, suspense e reviravoltas que, confesso, me deixaram surpresa e fascinada. Em ambas, Chevalier, junto de seu leal (e desbocado) parceiro Persa, enfrentam a missão de capturar um assassino em série e impedir que o Império Francês caia nas artimanhas destinadas a abalar o equilíbrio político europeu.
“Eu não sou gordo, mon ami. Sou precavido. Um legionário pode precisar ficar dias sem comer!"
A história é tão envolvente que fiquei com aquele gostinho de “quero mais”! Sim, são duas aventuras que trazem um ar de suspense e muita ação, sem abrir mão do humor. As referências históricas são fantásticas e, combinadas com o cenário steampunk, criam um clima mágico. E vale mencionar as referências literárias que enriquecem ainda mais a trama: na primeira aventura O Corcunda de Notre-Dame de Victor Hugo se faz presente, e na segunda, um personagem faz referência a Frankenstein de Mary Shelley.
Personagens
Antes mesmo de a aventura começar, há uma página muito bem elaborada, que apresenta os principais personagens e um pouco sobre cada um. Achei essa seção muito interessante, pois já nos introduz ao universo que está por vir, permitindo que o leitor entre na história já entendendo o papel de cada personagem. E preciso dizer: meu coração foi conquistado pelos drozdes! Eles representam a tecnologia clockpunk, são animais mecânicos com comportamento único e autômato.
Além dessas fofuras mecânicas, temos os personagens centrais, como Chevalier, o espião e principal agente, cuja história é um mistério — seu passado foi apagado, e tudo o que se sabe é que sua família foi persuadida a deixar Paris. Ao seu lado nas aventuras está Persa, nascido na Tunísia e aliado à Legião Estrangeira desde jovem — parece que seu maior hobby é comer, já que ele sabe bem como aproveitar a gastronomia parisiense. Confesso que Persa me arrancou boas risadas. E preciso destacar Alexandra, uma personagem que me chamou a atenção: sobrevivente do vilarejo de Stoczek durante a Revolução dos Cadetes Poloneses, ela foi adotada e acabou se tornando a principal espiã russa em atividade.
"París ainda é a cidade das luzes, de uma forma ou de outra, sempre somos atraídos para cá".
O ritmo da história é super bem equilibrado, e as reviravoltas são realmente interessantes. E o que dizer das ilustrações feitas pelo Fred? Eu adorei o traço, e as cores se encaixaram perfeitamente com o clima da aventura! Sem dúvida, foi um dos pontos que mais me chamaram atenção — as artes formam uma dupla incrível com o texto e, mesmo sozinhas, conseguem se expressar por conta própria.
Na minha humilde opinião
Recomendo Le Chevalier: Arquivo Secreto sem a menor dúvida! É uma leitura rápida e divertida, que ainda desperta a curiosidade para explorar fatos históricos e aprender coisas novas. Além disso, o mundo alternativo foi muito bem construído e combina perfeitamente com o cenário. As cenas de ação são bem elaboradas e estão espalhadas ao longo de toda a HQ.
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